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Série Autores de Violência Sexual
A série Autores de Violência Sexual (AVS) é composta por livros digitais que têm o objetivo de levar o leitor a adentrar em um mundo quase que desconhecido pela população e pela ciência, proporcionando acesso a histórias verídicas que retratam esses sujeitos de carne e osso, a partir de suas próprias vozes e perspectivas sobre as violências sexuais que praticaram, sobre suas vítimas e sobre seus sentimentos e pensamentos.
Os volumes questionam e desconstroem tabus e paradigmas, pois suas narrativas são analisadas à luz do conhecimento científico atualizado sobre esses personagens submersos em conceitos cristalizados, fato que potencializa a vulnerabilidade das vítimas e de potenciais vítimas.
Toma-se como base a abordagem da Psicologia Sócio-histórica, que se recusa a compreender o fenômeno a partir de uma perspectiva estritamente individual e patologizante, mas que entende o homem em relação dialética com a sociedade, como produto e produtor de sua realidade.
Alguns livros são inéditos, outros são publicações de trabalhos acadêmicos meus e dois são as segundas edições das versões impressas que já estão esgotadas. Em todos, optei por manter, na íntegra, a fala dos pesquisados, revisando, porém, a argumentação teórica para atualizar a análise de acordo com parâmetros científicos recentes.
Embarque comigo nesta jornada do conhecimento sobre um tema tão carente de referências nacionais. Modéstia à parte, esta série está fantástica.
Mitos e Verdades sobre Autores de Violência Sexual
Este livro digital apresenta dez dos maiores mitos sobre os autores de violência sexual e os contesta, a partir de verdades baseadas em pesquisas científicas nacionais e internacionais. Para cada um, mostra um caso real como exemplo da argumentação que se pretende realizar. A relevância para o leitor está em conhecer o AVS a partir de verdades pautadas na ciência e dessa forma prevenir a incidência e reincidência, além de saber como ajudar a partir de dados concretos.
Cartas de autores de violência sexual contra crianças e adolescentes às suas vítimas
Compreender os sentimentos e pensamentos dos autores de violência sexual (AVS) em relação às suas vítimas, a partir da análise de cinco cartas redigidas por eles a elas foi o objetivo desse estudo. Os resultados revelaram que os pesquisados:
1 - manifestam desejo de construção de um novo sujeito, a partir dos atendimentos psicológicos, da prisão e da religiosidade;
2 - expressam sentimento de arrependimento em relação às violências sexuais praticadas, potencializado pela noção da paternidade;
3 - exteriorizam pedido de perdão às suas vítimas e a Deus pelas violências sexuais praticadas;
4 - possuem, em relação a si próprios, sentimentos de tristeza e desesperança e, no tocante às suas vítimas, apresentam amor, saudade, afeto, carinho e arrependimento.
Em se considerando o aspecto psicológico e emocional de suas vivências, concluiu-se que a elaboração de políticas públicas deve considerar a combinação de ações como prisão e atendimento psicológico para a prevenção de novas incidências.
Referências brasileiras sobre autores de violência sexual
Essa obra realiza um levantamento de estudos científicos nacionais sobre os AVS, assunto ainda tão pouco estudado e conhecido em nosso país. Seu objetivo é auxiliar pesquisadores e profissionais que atuam ou que desejam trabalhar nesse campo para a identificação da bibliografia já disponível, conforme informações coletadas até julho de 2022. Ele se torna uma importante base para o estudo, mapeamento e aprofundamento da área.
Perfis psicológicos de agressores sexuais: estudo de casos investigados pelo teste de Rorschach
A presente pesquisa realizou um estudo profundo das tipologias e funções psíquicas de dois agressores sexuais de crianças e adolescentes, por meio de um teste de personalidade chamado Rorschach. Avaliou-se a presença ou ausência de estruturas patológicas da personalidade, motivações, impulsos para cometer os delitos, modalidades de relacionamento interpessoal, sexualidade, enfim, sua subjetividade e complexidade.
Alexandre apresenta índices de normalidade no que se refere às suas estruturas mentais, mas mostrou ausência de capacidade ética e de intimidade amorosa. Tem personalidade psicopática e é juridicamente imputável.
André reduziu sua experiência total de vida a uma compulsividade genital feminina deteriorada e é desprovido de consciência da falta de ética sobre a violência sexual praticada. Não controla objetivamente a realidade, claramente evidenciando um quadro esquizofrênico de personalidade e é portanto juridicamente inimputável. A partir da avaliação de suas personalidades, foi possível sugerir o tratamento de recuperação mais eficaz para a reeducação e reinserção social.
Pessoas que praticaram violência sexual: da patologia individual às questões familiares
Dois homens foram analisados no presente estudo. Divino estuprou doze mulheres e João estuprou e matou sua enteada de um ano e dez meses de idade. Eles cumprem pena privativa de liberdade na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães e realizaram atendimentos psicológicos por meio do Programa Repropondo/ PUC Goiás. Categorizei suas narrativas em:
1 - Os sentimentos sobre as violências praticadas e encontrei raiva, confusão, estranheza e dificuldade em se reconhecer como um estuprador, um monstro ou um doido;
2 - As infâncias e as vivências familiares de pessoas que cometeram violência sexual, mostram que eles não participaram de sistemas familiares afetivos e promotores de desenvolvimento emocional saudável;
3 - As vivências de condenados por violência sexual no presídio revelaram violência psicológica e física, com queimaduras de pontas de cigarro, tapas, chutes e socos;
4 - Pedido de perdão simbólico às vítimas mostraram dor e desejo de sacrificar-se em função do sofrimento.
Os resultados convidam a olhar para pessoas que cometem violência sexual não somente a partir de um prisma punitivo, mas também a partir de sua constituição psicológica e emocional. Propôs-se a análise com base no pensamento sistêmico, que se distancia de uma abordagem puramente psicopatológica, para considerar o campo familiar, histórico, social, político e ético.
AUTORES de violência sexual contra crianças e adolescentes – 2ª edição
Henrique, Pedro e Renato são os três autores de violência sexual analisados nessa obra, que teve o objetivo de conhecer os sentidos que eles atribuem às violências cometidas. Eles encontram-se presos no regime fechado da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães e participaram do Programa Repropondo: Atendimento Psicoterapêutico a Autores de Violência Sexual/Universidade Católica de Goiás. Henrique tem trinta e um anos e cometeu violência sexual contra três meninos de onze a treze anos. Pedro está com trinta e três anos e a praticou contra aproximadamente cem adolescentes com idades de treze anos. Renato possui quarenta e quatro anos e estuprou suas duas filhas por um período de aproximadamente nove anos, tendo as crianças seis e nove quando a violência foi iniciada. Os três foram também vítimas de violências sexuais nas infâncias, sendo, portanto, repetidores do ciclo de violência. Dividiu-se suas narrativas em dois núcleos de significação: a violência sofrida e a violência praticada. O livro é simplesmente fantástico.
As representações sociais sobre as vítimas para os autores de violência sexual contra crianças e adolescentes
Essa pesquisa teve o objetivo de conhecer as representações sociais de vinte e seis autores de violência sexual contra crianças e adolescentes sobre suas vítimas. Os resultados evidenciaram que eles reconhecem crianças e adolescentes que experimentam contato sexual com adultos na condição de vítimas, relação esta nomeada como uma violência e um ato moralmente condenável; elencam consequências maléficas da violência sexual para as vítimas e também para si próprios, evidenciando sua indissociabilidade; nomeiam crianças e adolescentes em interação sexual com adultos como inocentes, sedutoras e coautoras, mas sempre vítimas; manifestam que o desejo sexual, quando existente, está direcionado apenas às vítimas das violências que cometeram, e não a outras crianças e adolescentes; relatam diversas emoções negativas sobre si próprios e sobre as consequências provocadas nas vidas de suas vítimas.
“Tinha pavor em pensar que alguém pudesse descobrir”: o sentido de infância e adolescência para autores de violência sexual
O presente estudo examina as infâncias e adolescências de Thiago e Geraldo, dois autores de violência sexual, a partir de duas categorias de análise: 1 - As famílias nas infâncias e adolescências dos AVS; 2 - As sexualidades nas infâncias e adolescências dos AVS. Buscou-se os percursos históricos de suas subjetividades, tendo a família um lugar privilegiado para a formação psíquica e emocional. Suas histórias sexuais evidenciam sentimentos de vergonha, de sentirem-se diferentes, de insegurança, de medo, de exclusão e de preconceito. Trata-se do capítulo revisado que escrevi para o livro (Re)Descobrindo faces da violência sexual contra crianças e adolescentes (ESBER, 2007).
AUTORES de violência sexual contra crianças e adolescentes (2009)
Henrique, Pedro e Renato são os três autores de violência sexual (AVS) analisados nessa obra, que teve o objetivo de conhecer os sentidos que eles atribuem às violências cometidas. Eles encontram-se presos no regime fechado da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães e participaram do Programa Repropondo: Atendimento Psicoterapêutico a Autores de Violência Sexual/Universidade Católica de Goiás. Henrique tem trinta e um anos e cometeu violência sexual contra três meninos de onze a treze anos. Pedro está com trinta e três anos e a praticou contra aproximadamente cem adolescentes com idades de treze anos. Renato possui quarenta e quatro anos e estuprou suas duas filhas por um período de aproximadamente nove anos, tendo as crianças seis e nove quando a violência foi iniciada. Os três foram também vítimas de violências sexuais nas infâncias, sendo, portanto, repetidores do ciclo de violência. No primeiro capítulo, faço uma revisão da literatura nacional e internacional sobre os AVS. No segundo, analiso tanto as histórias de vida contadas por eles, como também as maneiras como os promotores de justiça, juízes, psicólogos e psiquiatras os retrataram nos documentos institucionais que produziram. No terceiro, narro os significados produzidos pelos três homens em dois núcleos de significação: a violência sofrida e a violência praticada. É uma obra emocionante, aterrorizante e esclarecedora. O livro é simplesmente fantástico.
Autores de Agressão: subsídios para uma abordagem interdisciplinar (2020)
A convite da pesquisadora Daniela Castro dos Reis, da Universidade Federal Rural da Amazônia, escrevi dois capítulos para este livro, que é de 2020.
O primeiro é chamado “Reincidência para um autor de violência sexual contra crianças e adolescentes” e tem foco no caso de Pedro (nome fictício), 35 anos, um confesso reincidente condenado à pena privativa de liberdade em três processos judiciais. O texto aprofunda a análise dos sentidos e significados sobre o que é reincidência para ele.
O segundo capítulo tem o nome “Perfil psicossocial dos usuários do Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (PAILI)” e foi escrito em parceria com Maria Aparecida Diniz, Carlene Borges Soares e com a contribuição da equipe do PAILI. Divulga os resultados de uma pesquisa que coordenei, na qual foram analisados os prontuários de 364 usuários atendidos entre 2006 e 2014. O PAILI é uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e seus usuários são pessoas absolvidas pela justiça brasileira pela prática de um crime, pois o juiz considerou seu transtorno mental e consequente inimputabilidade. Trata-se de um modelo antimanicomial que oferece tratamento no ambiente universal do Sistema Único de Saúde e na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), experiência exitosa em Goiás e modelo para outros Estados.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: trabalho e produção do conhecimento
Publiquei um capítulo chamado "O autor de violência sexual" neste livro, que reúne artigos de profissionais com diferentes formações profissionais e que desenvolvem estudos, pesquisas e práticas com populações em situação de violência doméstica. Os textos aqui publicados resultaram do Seminário Temático Internúcleos Sobre Violência Doméstica, ocorrido em 2021 e coordenado pelo NEMESS-COMPLEX, do Programa de Estudos Pós-graduados em Serviço Social da PUC-SP. Foi uma honra participar deste processo com tantos pesquisadores nacionalmente conhecidos.
Autores de Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: responsabilização e atendimento psicoterapêutico (2009)
O livro relata a experiência de dois Programas inovadores e inéditos no Brasil: 1- Repropondo – Atendimento Psicossocial a Autores de Violência Sexual (cuja coordenação foi minha) e 2- Rompendo o Ciclo da Impunidade – Responsabilização de Crimes Sexuais. Ambos fizeram parte do Projeto Invertendo a Rota: Ações de Enfrentamento da Exploração Sexual Infanto-Juvenil em Goiás, coordenado pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Houve financiamento da Petrobrás, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério da Ciência e Tecnologia, este último quando foi ganhador do Prêmio FINEP.
(Re)Descobrindo faces da violência sexual contra crianças e adolescentes (2007)
O livro tem vários capítulos escritos por pesquisadores que atuaram no Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil/PUC Goiás, com o tema da violência sexual contra crianças e adolescentes. Eu escrevi um dos capítulos, que se chama “Tinha pavor em pensar que alguém pudesse descobrir”: o sentido de infância e adolescência para autores de violência sexual. Nos demais, meus colegas pesquisadores abordaram o processo psicoterápico com autores de violência sexual, o perfil da população carcerária condenada por crimes sexuais contra mulheres, crianças e adolescentes em Goiás, a notificação dos casos, a Rede de Atenção às Vítimas e as campanhas de enfrentamento da exploração sexual, dentre outros. Excelente leitura!